O Antigo Testamento e as Nações
É impressionante e fundamental enxergarmos as manifestações de Deus em direção às nações da terra, a revelação de Deus para toda humanidade.
Divisões no Antigo Testamento
Precisamos discernir que Deus se revela a toda humanidade no Antigo Testamento, da seguinte forma:
- Gn 1 – 11 – Deus criador, que se relacionou em toda humanidade.
- Gn 3.15 – O evangelho antecipado.
- Gn 12 – Ml – Um Deus que separou Israel para atingir os seus propósitos em toda humanidade.
Os propósitos de Israel e as Nações
Embora existisse uma religião nacional na nação de Israel, a mesma deve ser entendida como uma metodologia ou estratégia, para que Deus atinja seus princípios e propósitos, que possui uma essência universal. Dessa forma, necessitamos lembrar que Israel foi levantada para ser um reino de sacerdotes diante das nações (meditar em Ex 19.5,6), para atingir os objetivos de Deus.
1 – O Antigo Testamento em nenhum momento separa a operação divina das nações
Pelo contrário, a presença universal de Deus e sua operação desimpedida estão evidentes em todas as partes do Antigo Testamento. Ela não é nem o Deus de uma tribo ou povo, nem o Deus de um local, mesmo embora a antiga religião dos povos assim procurava declará-lo. Ele estava presente em Ur dos Caldeus, para chamar Abraão e posteriormente em Harã para convocá-lo. Ele provou seu poder misericordioso no Egito e sua suficiência no deserto, acompanhando Israel através dos territórios de várias nações. Ele estava com seu povo na Palestina e depois na Babilônia, fazendo surgir profetas em ambos os lugares.
2 – O povo de Israel não era o único em sua presença, pois o seu olho estava por toda a humanidade
Ele estabelece seus limites e seu tempo e pronuncia e executa o seu julgamento (ler Am 1.3 – 2.3; Ob 1; Is 10.5-34, 13.1-23.18; Jr 42-51; Ez 25-32; 38-39; Dn 2.1-45; 7,1-28; 9.20-27; 11 1.45).
3 – Deus não está focado em seus próprios interesses e atividades.
Ele é o Deus das nações. Ninguém fica sem suas provisões, embora as nações possam fazer mal uso delas. Ele está presente, de uma certa forma, em todos os lugares, mesmo embora tenha escolhido limitar suas revelações únicas através de um povo particular. Dessa forma, a universalidade e o particularismo não são mutuamente exclusivos.
4 – Fica evidente também pelas páginas da Bíblia que Deus usa as nações como seus instrumentos.
Ele julgou ser adequado guiar Israel pelo Egito; não apenas satisfazê-la fisicamente em meio a fome; mas também preservá-la como uma nação distinta e enriquecê-la culturalmente. O Egito tornou-se o criado de Deus ao servir seu povo. Deus chama Nabucodonosor de “meu servo” (Jr 25.9; 27.6; 43.10). Ele chama Ciro de “meu pastor”e “seu ungido” (Is 44.28 – 45.13). Ele fala dos assírios como “bastão do meu furor” e declara bordão da minha indignação” (Is 10.5). Os “reis da Média” são seu “malho, uma arma de guerra” na destruição da Babilônia (Jr 51.11,20). Assim a mão de Deus está agindo nas questões das nações.
Uma das evidência mais belas
A introdução mais bela da relação de Deus com as nações é encontrada no livro de Jonas. Nínive está completamente fora dos limites da revelação particularista, mas ainda assim está dentro dos limites da preocupação e atenção de Deus, e isso em tal nível que Ele lhes envia um mensageiro, concedendo-lhes graça pelo arrependimento e poupa a cidade da destruição, para desgosto de um Jonas nacionalista e particularista. Está evidente que o profeta foi incapaz de enxergar o desígnio universal de salvação de Deus por trás da revelação particularista. Dessa maneira, ele não estava disposto e não foi capaz de fazer parte da relação gloriosa de Deus com as nações além da revelação particularista.
Aplicação pessoal
- Eu percebo as ações de Deus para se revelar a minha vida?
- Eu reconheço no decorrer dos anos as ações do Pai na minha vida e sou profundamente grato por isso?
- Como tenho desenvolvido meu chamado observando os propósitos de Deus no Antigo Testamento em direção às nações?
Blog
Queremos convidar você a conhecer o Blog do pastor Leonardo Paulino, líder fundador da Nations Help. Acesse:
Referência
Meditações escritas baseadas no livro: PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. Rio de Janeiro: Casa Bíblica das Assembléias de Deus, 2000, p. 130-132