Ao longo da história do cristianismo Deus tem levantado inúmeros homens e mulheres tementes, fieis e corajosos, que tem amado a Cristo e sua missão, mais do que a qualquer outra coisa. Suas histórias, seu zelo e amor pelo Senhor nos inspiram e confrontam a buscarmos nós mesmos vivermos o chamado e o proposito de Deus para cada um de nós. E sabemos que este proposito é sermos anunciadores de boas novas. Por isso, no post de hoje compartilharemos um pouco sobre a história da escritora e missionaria Elisabeth Elliot, uma mulher que dedicou sua vida a levar outros a conhecerem e se renderem a Cristo. 

Elisabeth nasceu em 21 de dezembro de 1926, em Bruxelas, na Bélgica, onde seus pais serviam como missionários. Porém, quando ela tinha apenas alguns meses de idade sua família se mudou para a Filadelfia, no estado da Pensilvania, nos Estados Unidos. Desde pequena seus pais a educaram nos caminhos do Senhor. Ela aprendeu com eles sobre amar a Deus e honra-lo sobre todas as coisas e sobre a importância de cumprir a missão, levando o Evangelho de Cristo aqueles que ainda não o ouviram. Isso despertou nela o desejo de ser missionaria como seus pais eram. 

Com a convicção de que Deus a tinha chamado para ser missionária e querendo cumprir o chamado da melhor forma possível, Elisabeth viu que precisava se preparar. Por isso, se matriculou em Wheaton College, em 1944, aos 18 anos. Seu desejo era poder ser uma tradutora da Bíblia, em especial do Novo Testamento, então, começou a estudar grego clássico. 

Em Wheaton conheceu seu primeiro marido, Jim Elliot, que também estava estudando para se capacitar e poder cumprir seu chamado como missionário. Após concluir sua pós graduação e alguns treinamentos práticos como tradutora da Bíblia, ela e Jim se mudaram para o Equador, onde iniciaram um trabalho entre a tribo indígena Quichua. O trabalho entre os índios era difícil. Tratava-se de uma cultura muito diferente, mas obtiveram bons resultados. Muitos índios converteram-se, então decidiram estender seu trabalho a uma tribo ainda não alcançada pelo evangelho, a tribo Huaorani, também conhecidos como Aucas ou Waodani. 

Era uma missão extremamente perigosa, por se tratar de uma tribo violenta e temida, inclusive, por outras tribos da região, mas Elisabeth, seu marido e os demais missionários com eles decidiram que valia a pena o risco, pela possibilidade de levar as boas novas do reino aqueles índios. 

Jim e os outros 4 missionários entraram no território da tribo e fizeram contato amigável com 3 indígenas, mas mesmo assim, acabaram sendo todos mortos a flechadas. Elisabeth e sua pequena filha Valerie perderam o marido e pai. Mas mesmo essa tragedia não abalou o ânimo e a fé de Elisabeth ou a fez se ressentir contra os índios. 

Ela enfrentou o luto, a triste e a dor com o consolo e o poder do Espirito Santo e decidiu continuar o trabalho de seu marido entre os índios e alcançar aquela tribo. Todos diziam que era loucura colocar a si mesma e a sua pequena filha em risco, mas Elisabeth queria contar aqueles índios “a história mais espetacular que já se ouviu na terra: que o Filho de Deus tinha vindo ao mundo e, com seu próprio sangue, pagou o preço do pecado do homem”. 

Ela foi capaz de perdoa-los, ama-los e se esforçou para ir ate eles, viver em seu meio e pregar o Evangelho. Um dos primeiros índios a se converter naquela tribo foi um dos homens que matou Jim e aqueles outros missionários. Pela graça de Deus, ele e tantos outros puderam nascer de novo. Puderam se arrepender, conhecer a Cristo e experimentar de sua graça e amor. E nada disso seria possível sem o trabalho dedicado e o exemplo de vida de Elisabeth Elliot. 

Elisabeth dedicou anos de sua vida ao trabalho missionário entre os índios e ao voltar aos Estados Unidos dedicou muitos anos mais a obra do Senhor. Foi uma missionaria e escritora incansável. Uma mulher, esposa e mãe cheia de Deus. E uma inspiração para todos nós. Ela colocou a Cristo e sua missão acima de tudo o mais, porque amava intensamente ao Senhor. Sua história ecoa até hoje e nos incentiva a buscarmos mais de Deus e a perseverarmos no cumprimento do chamado Dele para cada um de nós!

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Vanessa Miranda é advogada, pós graduada em direito Público. Formada também em teologia pela Faculdade Batista Mineira. Vice presidente da organização de treinamento e mobilização missionária M3 (Missão Mundo Muçulmano). Amante da Bíblia e da literatura. Apaixonada por Cristo e por sua igreja.